Bate-papo com aluno haitiano revela percurso até chegar à IENH

Obenson Lavoile é estudante do Curso Técnico em Logística
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Bate-papo com aluno haitiano revela percurso até chegar à IENH

Desde fevereiro, o haitiano Obenson Lavoile integra a turma do Curso Técnico em Logística da IENH. Após um semestre de formação, o estudante contou sobre o percurso até sua chegada a Instituição e suas perspectivas para o futuro. O bate-papo ocorreu em conjunto com o Coordenador do Núcleo de Estudos de Gênero, Relações Étnico-Raciais, Direitos Humanos e Juventudes (NEGEDJ) – Luis Alexandre Cerveira e com a Coordenadora Pedagógica dos Cursos Técnicos – Cláudia da Costa Pereira.

Nascido no Haiti, Obenson morou na República Dominicana de 2007 a 2009. Lá realizou um curso de auxiliar de contabilidade. Anos após precisou sair do país por ser estrangeiro. Nesse momento, o Brasil tornou-se uma opção de destino, pois, depois do terremoto que assolou o Haiti em 2010, diversas oportunidades foram ofertadas aos imigrantes.

Juntando as economias e com o auxílio de um empréstimo, o estudante iniciou o trajeto para chegar ao território brasileiro. Avião, ônibus, carro e parte do caminho a pé foram necessários para a vinda ao país. Após entrar pelo Acre, ele ainda viajou três dias para chegar ao seu destino final: Curitiba, onde um amigo morava. Na capital paranaense conquistou o seu primeiro emprego.

Sua chegada ao Rio Grande do Sul ocorreu por meio de uma oportunidade de trabalho. Após comprar uma empresa no Estado, uma pessoa que “no Brasil é como um pai” para Obenson, o convidou para atuar na nova filial. Aqui, o haitiano trabalhou durante cinco anos na expedição da empresa Renus – Soluções em Metais e Plásticos sem ter estudado na área.

Por meio de um convênio da Renus com a IENH, no início de 2019, o imigrante pôde iniciar o curso técnico em Logística. Durante sua trajetória, o analista de expedição sempre acreditou que “para conseguir alguma coisa na vida, é necessário correr atrás de qualificação”. E isso o incentivou a retomar os estudos.

No ambiente de aula, “me sinto em casa”, revela Lavoile. Ele complementa dizendo que os colegas se mostram solícitos, sempre perguntando se precisa de auxílio. No momento, seu maior desejo é finalizar o curso.