Aluna da IENH participa de Concurso de Redação da Zero Hora

Aluna foi seleciona entre 2000 participantes
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Aluna da IENH participa de Concurso de Redação da Zero Hora

A aluna da 2ª série do Ensino Médio da IENH – Unidade Fundação Evangélica, Milena Nunes (2ª D) participou, entre os meses de julho e agosto, do Concurso RedAção ZH. Promovido pelo Jornal Zero Hora em parceria com o Pré-Vestibular Unificado, o concurso de redação foi dividido em duas etapas. Entre os mais de 2000 alunos do Ensino Médio participantes da primeira etapa do concurso, 200 alunos foram selecionados para a segunda etapa, entre eles a aluna da IENH – Milena Nunes. 

Na primeira etapa, a redação foi enviada pelo correio e teve como tema “Internet e Agressividade“. Na redação, os candidatos deveriam responder a seguinte pergunta: “A Internet propicia uma agressividade maior das pessoas devido ao anonimato ou essa atitude apenas reflete um comportamento já existente no indivíduo?”.  As redações da primeira etapa foram corrigidas pelos professores do Unificado levando em consideração a impressão geral que o texto produziu no leitor. 

Já a segunda etapa ocorreu no dia 04/08, na Sede do Unificado, em Porto Alegre. Lá, Milena escreveu outra redação dissertando sobre qual o melhor estilo de vida: com uso da tecnologia ou com simplicidade. Além disso, a aluna da IENH participou de uma aula com professores do Unificado, focada no Vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. 

Segundo Milena, a sua participação no concurso se deve pelo incentivo da professora de português da IENH – Edivânia da Costa Ramos, e de seus pais. A aluna afirma que já participou de outros concursos de redação e que adora escrever, principalmente redações. Milena enfatiza que se souber de outros concursos de redação pretende participar.

Confira abaixo a redação de Milena enviada na primeira etapa do concurso. 

Sempre que falam sobre internet, imagino um território de conhecimento irrestrito, sinônimo de agilidade, praticidade ou até mesmo comodismo, para os mais desleixados. Para quem a utiliza única e exclusivamente como uma ferramenta de trabalho, que agiliza nossos serviços, é difícil de imaginar o porquê de tanta hostilidade no mundo virtual, de tanta perversão e vulgarização. Acreditava-se que tais peculiaridades fossem obras de sujeitos comedidos, que necessitassem extravasar toda a sua fúria interior para um mundo onde ninguém os pudesse ver. Mas eu, particularmente, penso que cada um de nós esconde dentro de si as mesmas características. Cada um, dentro da sua própria consciência, sabe suas necessidades e, acima de tudo sabe como manuseá-las de forma que isso não prejudique ninguém - nem mesmo em um mundo onde não possam te ver. 

A internet em si não justifica alterações comportamentais sejam elas de qualquer estirpe. Ela é apenas um cenário que acoberta os desejos mais mundanos do nosso inconsciente e torna possível alguns de nossos anseios mais pessoais. O ser humano carrega consigo uma vontade primitiva em experimentar as coisas, de atrever-se e, acima de tudo, de testar-se. O mundo virtual propicia oportunidades inesgotáveis que corroboram essa propensão infame de infringir sem ser impune, de acompanhar de longe a repercussão de um feito seu, sem ter de arcar com as conseqüências. Por isto é de estimada importância reaver o conceito de que a internet é o que determina o grau de agressividade e intolerância de um indivíduo, visto que ela apenas desencadeia um sentimento já pré-existente.  

É fácil ignorar todo aquele conteúdo do “mau” que circula pela internet, contanto que eles não nos atinjam, mas eles são uns dos exemplos mais claros que reafirmam essa perspectiva. A pornografia, a bandidagem, o tráfico, o ilícito: todos eles provenientes de uma mesma causa. Se na vida real a impunidade já era um critério de difícil aplicação, com toda essa politicagem barata, então na internet esse comando deveria tornar-se praticamente inválido e, consequentemente, os “setores” citados deveriam crescer ainda mais. Mas esta é uma outra questão. O importante é deixar evidente que os nossos impulsos somos nós quem controlamos e que é preciso saber até onde levá-los para que eles não se sobreponham à nós. Do contrário, será mais fácil culpar a internet por nossa falta de controle.